Um amor como a morte
Fitar seu semblante triste em uma noite gélida
Ferir você com minhas decisões egoistas, ver minhas emoções se misturar, transfigurar em meus atos extravagantes
Se eu quisesse sua atenção não correria para seus braços?
Algumas horas durante o dia quero gritar para acordar,
Sonhando me sentir vivo, como quando estamos juntos...
Porque você passou na minha vida? para dar o gosto da morte
Todos os dias quando lhe vejo passar por mim?
Sua gentileza me dói mais que seu desprezo,
Você me crucifica cada dia mostrando para mim,
Que sente por mim algo corriqueiro e casual,
Uma vontade que vem e passa...
Enquanto eu me desespero por você,
Me corta todos os dias me fazendo sangrar
Alimentando o que sinto por você.
Te sentir é dorido é o anti-amor e a sensação
De um prazer gélido em meio ao medo da morte...
Talvez seja esse o prazer ante o fim inevitável?