Doce e Cruel Perdição

A minha alegria era os dias contar

Esperar com ansiedade

A hora que com o seu rosto branco luso

Iria ter o prazer de cruzar .

Minha vida não se explica

Desgraça e crises eternas vem e vão

Na horinha que tinha pra explodir

Simplesmente estava eu como uma formiga

Em tuas sedosas lindas e macias mãos.

Sempre te via falar

Observava tua emoção

A vida não me tirava de lá

Um pobre injustiçado

Na frente da beleza e sua retratação

Tudo isso tinha um preço

O sabor amargo e potente de uma nobre:

Desilusão..

Sempre viva te vi

Vulcão e suas larvas enfurecidas

Combinava oratória e parte física

Gestos explosivos me inclinavam a locura

Vivia para seguir a ti de longe..

Obsessão de um louco Inocente

O brilho de um sol no sábado pela manhã

No meu ser Mentalmente

Expressava uma imensa doçura.

Pobre de mim..

Perdido e desenfreado.

Te ver tão perto e tão longe ao mesmo tempo

Paradoxo infernal

De um coração suicida

Ilusão exponencial.

O amor e a loucura

Tu Representavás

Objetivo útopico

Uma busca sem procura

Um sábado quente

Numa melodia obscura.

Descobri que meu amor

Queimava como Brasão

Não parecia uma dor.

Doce e ardilosa melodia esssa

Dos adultos queria impor

A cada dia que te via

Uma cratera enorme estancou

Meu céu de trevas se enchia,

Meu cérebro em ti sintonizou

Minha doce e Cruel perdição.

Hoje te encaro maravilhosa

Mas não posso duvidar.

Em mim por tudo que mais importa.

Teu poder branco e assutador;

Sempre vai me iludir e intrigar.

Leandro B. Furtado

Leandro Furtado
Enviado por Leandro Furtado em 27/06/2010
Código do texto: T2344669