Doce e Cruel Perdição
A minha alegria era os dias contar
Esperar com ansiedade
A hora que com o seu rosto branco luso
Iria ter o prazer de cruzar .
Minha vida não se explica
Desgraça e crises eternas vem e vão
Na horinha que tinha pra explodir
Simplesmente estava eu como uma formiga
Em tuas sedosas lindas e macias mãos.
Sempre te via falar
Observava tua emoção
A vida não me tirava de lá
Um pobre injustiçado
Na frente da beleza e sua retratação
Tudo isso tinha um preço
O sabor amargo e potente de uma nobre:
Desilusão..
Sempre viva te vi
Vulcão e suas larvas enfurecidas
Combinava oratória e parte física
Gestos explosivos me inclinavam a locura
Vivia para seguir a ti de longe..
Obsessão de um louco Inocente
O brilho de um sol no sábado pela manhã
No meu ser Mentalmente
Expressava uma imensa doçura.
Pobre de mim..
Perdido e desenfreado.
Te ver tão perto e tão longe ao mesmo tempo
Paradoxo infernal
De um coração suicida
Ilusão exponencial.
O amor e a loucura
Tu Representavás
Objetivo útopico
Uma busca sem procura
Um sábado quente
Numa melodia obscura.
Descobri que meu amor
Queimava como Brasão
Não parecia uma dor.
Doce e ardilosa melodia esssa
Dos adultos queria impor
A cada dia que te via
Uma cratera enorme estancou
Meu céu de trevas se enchia,
Meu cérebro em ti sintonizou
Minha doce e Cruel perdição.
Hoje te encaro maravilhosa
Mas não posso duvidar.
Em mim por tudo que mais importa.
Teu poder branco e assutador;
Sempre vai me iludir e intrigar.
Leandro B. Furtado