Corpo Nu
Nasceu na vertente de um rio
A doce magia de escrever poesia,
Senti os arrepios de minha alegria
Ao falar de amor para um mundo frio.
Chovia naquela tarde sem nuvem e cinzenta
Quando pus as mãos em minha pena,
A imaginação fértil quase despenca
Diante de uma inspiração colossal e opulenta.
Descrevi em meus versos uma linda nudez
Que me enfeitou de amor e em mim se fez
Deusa de uma adolescência cheia de tabus...
Em cada descrição destinei a palavra certa
Para coincidir com minha inspiração ereta
E até hoje ainda conservo a imagem desse corpo nu!