Dilemas de Uma Sorte Aparente
 
 



O que será a confiança?
Como poderemos classificar,
O que está além das nossas mentes?
E transformar essa vida em caos aparente,
Num clima suave e de plena harmonia?
 
A vida é uma sintonia de sentimentos,
Que afloram na pele e explodem.
De uma centelha faz-se o amor,
Este sentimento que alegra,
E deixa sorridente o cidadão solitário,
De olhar alegre e coração ausente.
 
Estar no Arpoador é um sonho,
Viver a vida em si é um sonho,
Só não será sonho,
Viver esta vida sem poder viver a vida.
 
Já que os cegos de coração,
Não buscam a alegria,
Tentam apenas encontrar soluções,
E acabam exterminados,
Pelos sentimentos que constroem,
Pela vida que deles se esvaiu.
 
Confesso que tenho sorte,
Não vivo para construir soluções,
Acredito na verdade que vive a minha volta,
E do amor que sinto,

E que está além do mar.
Como seguir a quem se quer amar?
 
Separado por um oceano de possibilidades,
Que não deixam outra opção a não ser esperar,
E viver uma existência em total solidão,
Fazendo o corpo sobreviver fragilmente,
Por um sentimento vão, de um amor aparente.
 
A tarde chega rápido,
À noite me deixa de coração partido,
Será mais uma noite sem amor,
Mais uma noite sem você.
 
Menina linda, de áurea iluminada,
Que renasce a todo amanhecer,
A mulher que é a mais pura ternura.
Irei caminhar pelo meu terno dilema,
O de viver uma existência solitária,
Esperando um ancoradouro seguro chegar.
 
E esse ancoradouro é você,
Minha lua de amor.
Que rege o meu destino,
Para além do fim da minha existência.

 
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 25/06/2010
Reeditado em 04/04/2017
Código do texto: T2341043
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