Confissões Futebolísticas
Confesso e professo
Os meus embaraços
De que é difícil perceber
Esse nosso querer
Prefiro pensar positivo
Que contigo já vivo no Sétimo Céu
Estás em bom abrigo reativo
Comigo não ficarás ao léu
E que de noite sob a luz do ASTRO,
Que é mastro, LUA,
Você fulgura e se insinua
Sensual e nua,
Vem exuberante
Fresca e exultante
À tua frente, danço
A dança do ventre
E eu me assanho
Diante de tal façanha
E pouco a pouco
Vais soltando, a SETE véus, irreverência
Sem nenhuma cerimônia...
Despe-se por inteira
Revelando as mais secretas essências
Que perfumam o teu umbigo
Como estás longe parece castigo
E isso é o maior dos perigos
Porque me atiças assim?
Água surge em minha boca
E deliro feito um louco
Ao me dizer pouco a pouco
Que já te serve de porto… De abrigo…
E tudo o que eu quero
É que espero são outros SETE
Sejam eles desfrutados em abraços
Também, com certeza, em beijos...
Que sei é nosso maior desejo
Não quebre como tu dirias,
O nosso poderoso alto astral
Tão magistral e genial
Só porque o SETE de Portugal
Já fez história no Mundial
E vou te colocar em pedestal
Ao relembrares os 6 a 2
Do último Brasil X Portugal
O teu nome bem alto no Mural
Afinal, o SETE... Reflete:
Beckham, Garrincha ou Raul,
Lá bem do fundo do baú
Escolhido como número oriundo
Dos vencedores e não dos vencidos
Foi por Pitágoras achado perfeito
E também por Figo eleito
Como antigo ponta direita
Que com patriótico orgulho vestia,
SETE nas costas e no peito
Na camisola que com classe
Ao desnudar-se quando vens
Podes recolocar no soutien
Na cozinha, no quarto ou na copa
Sempre em campo, exibia...
Para o meu olhar extasiado e em glória!
Amanhã... Finalmente saberemos
Quem irá gostar dessa história?
Da vitória, empate ou derrota
O que mesmo nos importa
Da peleja e desta esgrima
Das alegrias, risos, gozos, lágrimas
São as possibilidades poéticas
De vir, a saber, que serei atlético
E eternamente o teu amado 'gajo'.
Hildebrando Menezes