Não adianta

Não adianta

Decidi que irei te amar

E te amarei tanto e tão infinitamente

Que não haverá como negar

Em meus olhos plantastes estrelas

E elas reflorescem todo dia

Exalando aroma de poesia

Fazendo-me eclodir em botão

Como rosa em um sertão

Na gameleira do dia

Raízes fincadas no chão

Mas ai entra a poetisa que mesmo se sabendo tronco

Fecha suas folhas ao vento e decola neste amor

Se do mar tenho meu nome

Saiba amo como oceano

Que a ninguém é permitido limitar

Amo como maremoto

Ondas de estrondoso som

Ou carinho de calmaria a cantar

Decidi amar você

E tocar viola a beira mar de mim

Comer estrelas...sonhar poemas

Adocicar o açúcar

Iluminar os dilemas

Decidi que vou te amar

Jamais posso negar

Que choro quando leio você

Que sonho em escalar montanhas

Sem cordas, neste amor...

Louco e infindo amor

Decidi amar você

Para valer! Sem redias nem correntes

Nas tempestades ou torrentes chuvas de verão

Não adianta dizer não

Agarrei a coragem no dente

Fiquei demente

Amarei sem exceção

A fragilidade do medo

Joguei fora da janela

Pulei cerca, corri campos

Cavalguei em alazão...

Fiz mergulho submarino

E sorri ao tubarão

Não há nada nesta vida

Que me faça desistir...

Decidi amar você.

E daí?

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 23/06/2010
Código do texto: T2336286
Classificação de conteúdo: seguro