Amei seus olhos

A tua presença serena que paz me emana

As lágrimas que derramo a noite a luz do plenilúnio, se fez sacrossantas

Esse amar que não se aparta do meu corpo

destrói o peito da minha alma .

Seja o sudário da minha cama

o salmodiar dos rouxinóis infindáveis .

É sempiterna na minha existência

o olor dos seus cabelos igualado aos olores das rosas .

Só há de haver dissabores longe das paredes do seu quarto

todo dulçor será rancor se não tiver entre as colunas do seu sonhar .

Irei fanar em dias de céu límpido e renascer em dias de céu nebuloso

toda melancolia da nênias será inerente ao meu jeito de não amar .

A morte é semelhante sua ...

sempre plácida , sempre fazendo da primeira vista eterna ...

levando todas as pétalas por teus olhos tocadas

deixado ao relento com as rosas , olhei para ti

O fulgor do etéreo estava em teus olhos

eu , inerente a solidão , amei os seus olhos .