Sobranceira mulher
Que enrodilha  minha vida
 
Deixo-te aqui,
 (é noite!)
E na despedida
Beijo tua face,
Entrego-me ao teu abraço,
E te prometo, vou sem medo!
Buscar no céu uma estrela!
 
Arrancá-la-ei, da abóboda celestial,
Da cômoda luz que irradia
E com esta, apascentarei teus sonhos minha amada.
 
Durma meu anjo, minha rosa mimosa,
O sono te é útil e enobrece
Tua viajem, de retorno, ao mundo dos despertos
 
Eu, poeta sem sonhos!...
Tenho meus escolhos;
Vigio as horas,
Embebo-me das madrugadas:
Tecelãs dos meus versos sem métrica e sem arrimo
 
Minha barca atravessa rios turbulentos,
Meu sentir é eterno desconserto
Meus sonhos são trespassados de tormentos
 
Durma minha irmã, amanha é outro dia
Hoje é sempre, minha maior ventura!
 
 
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Nasce o Sol, e não dura mais que um dia;
Depois da Luz se segue à noite escura;
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas e alegrias.


Inconstância das coisas do mundo! –
          
Gregório de Mattos

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 21/06/2010
Código do texto: T2333796
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