Antes que vença o medo!
Eu ia morrer agora, mas resolvi não dormir
Decidi ficar acordado porque precisas me ouvir:
Eu tenho uma imensidão de tão pouco para te dizer
Porém, talvez fosse melhor eu dormir e por hoje morrer...
Mas é que, agora, me deu uma saudade tão forte
Que o sono, provisória morte, resolveu me salvar
E permitir que antes dele seja meu último suspiro
A extrema-unção da tua imagem que respiro
Nem que seja só para ver nela
Uma três por quatro tua na janela
Mirando, no inverno da matéria, para a estrada
A esperar a minha impossível chegada...