"Contratempos do amor"
A lágrima acompanha a chuva que teima em cair em descompasso, ela é gélida e fria quando atinge a alma, ela é ávida quando expõe sua tristeza e feroz quando perde sua riqueza.
O sorriso é semelhante ao teu pedido agonizante, um veneno saboroso que paralisa as razões, um caminho tortuoso por onde se busca a saída, mas se perde no resgate da nobreza.
A cantiga lembra o ontem, os anseios ao horizonte, os percalços da rotina e a lacuna de um só nome, a ida sem resposta e a espera de uma fala, e os olhares da estranheza;
O receio da trovoada não remete ao que se esconde, não é culpa da mesmice; o alarde sem pretextos é a sinceridade que consome, só assim notei a ausência, esqueci foi da destreza.