OS MEDOS DE UM POETA

Os Medos de Um Poeta

Que a madrugada seja longa

E sua musa amada

Não chegue pela manhã

Que o sol não traga calor

E a lua não explique o amor

Que as estrelas

Soltas ao vento

Não tragam em silencio

O contentamento de paz

Que sombras que rondam a noite

Invadam sua poesia

E no meio da alegria

Seduzido pelo beijo

De um alguém qualquer

Ele se perca nos desejos

E jogue num papel branco

Qualquer verso que vier

O maior medo de um poeta

É não ver a próxima estação

É não encontrar a límpida água

Da lagrima pura que escorre em seu rosto

Molhando sua alma e seu coração

É acordar ao lado de anjos

Sem inspiração e sem amor

É nos desarranjos dessa vida

Se perder no inverno

E nunca mais ser acolhido pelo calor

É não ter mais o seu beijo

No seu corpo não encontrar desejo

Por todos os pólos

E em todos os seus pelos

Não se entregar mais aos seus apelos

Os medos de um poeta

São de ficar na frente do mar

E no reflexo em horizonte da lua

Nunca mais te ver brilhar

É deitar no infinito

E não ouvir seu grito

É encontrar explicação pro amor

E nunca mais poder escrever uma linha sequer

Que reflita sua dor.

By Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 19/06/2010
Código do texto: T2328395
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