RIOS E MARES
Quando vens beber na fonte do meu rio
Balançando-se na rede dos meus braços
Minha vontade é prender-te em abraços
Acarinhando os pelos tesos em arrepio
Quando vens matar a tua sede enorme
Com a língua ardida e saliva bem pouca
Afogo-te no oceano que é minha boca:
Engoles o mar mas o desejo não dorme
Quando vens...Ah...Quando vens, eu vou!
De alma, corpo...Completamente me dou!
Pois sou tua ! Tua ! - Água; maré, vazante -
Quando não vens, fico aqui a espera tua
Com a margem do meu rio quase nua
Ansiosa para receber-te, amado amante...
(Lena Ferreira)