À minha metade
Enquanto eu viver de calor
no meu demente coração,
ser-te-ei de a luz mais clara
dos astros quentes dos céus.
Enquanto me for de primor
a minha atrevida paixão,
ser-te-ei do tempo que rogas
na luz clara da verdade.
Enquanto for plena em mim
toda a ambição perfeita,
aos teus olhos humanos,
ser-te-ei da densa claridade.
E quando, oh minha querida,
sob a terra fria da vida
o meu corpo vier a dormir,
ser-te-ei de intenso fulgor.
Pois de mim já és toda a luz,
toda a divindade em luz
que hás ao imenso esplendor.
(Poeta Dolandmay)