Plenitude do gozo.
Donzela pura onde vais?
Vê que se caminha por trilha,
Descalça e nua,
Cabelos soltos ao vento,
Pisa a relva macia,
E com seu sorriso maroto,
Convida-me ao devaneio,
Leva-me consigo,
Pra onde eu não ligo,
Somente sinto o seu perfume,
Que envolve e me consome,
Enlouquece e desperta em mim,
O ser selvagem que caça,
Que persegue e domina a presa,
E sacia os desejos mais íntimos,
Mais profundos e profanos,
Deixando-se morrer em beijos,
Enrolando-me em suas madeixas,
Deslizando minhas mãos em seu corpo,
Que são: essência e desejo,
Exalando o cio de fêmea,
Que derrama por seu gozo estridente,
Enlaça com suas pernas, feito serpente,
Não me permitindo sair ou parar
Na entrega minha, este meu render,
E se perder entre gemidos, lambidas e mordidas,
Alcançando o ápice de minhas energias,
Derramando em ti, cálice quente,
E completando a química de amar seu corpo e possuir sua mente,
Por uma eternidade somos únicos, em poucos minutos,
Transformamos nossos corpos e nossos desejos,
A sublimidade de existir um pelo outro.
Alecxander Christian Laskowiski