Traço Sinuoso
Vejo-me na passagem do tempo
Tendo d’aura tua o brilho delegando
Fragrâncias outonais, mitos aquecendo
Meus dias de inverno, tecidos colorindo,
Minhas noites acinzentadas!
Na varanda apenas a vela
Marcando na mudez da alvura
Traços num rodopio sinuoso,
Meus lamentos em novelos
Perdurando o frenesi teu em poesia!
A bebida sobre a mesa é tinta,
Reconheço o estreito sabor
Delineando ocasiões únicas,
Minha viagem pelo firmamento,
Teus mistérios me embriagando!
A próxima carta é da lua
Despontando pela madrugada,
Enfeitando o desejo em purpurina,
Minha herança, teu legado
Deixando meus sonhos também
A mercê do amor teu!
Auber Fioravante Júnior
17/06/2010
Porto Alegre - RS