Falsas lágrimas
E nessa volta de remanescentes recordações
É necessário estrangular qualquer vida
Morte, sangue jorrando pelos desejos
Não dá mais pra chorar, nem nunca voltaremos a sorrir
Já não há mais nada a sentir
E se não for essa raiva encanada
Esse ódio retorcido de rever tantas sutilezas
Essa vontade louca de morder com força a carne
De apagar sem medo todos os sentidos
De falecer sem querer, para ser em paz
Qualquer coisa que se diga
Tem tantas coisas, deve ter alguma que me sinta
Pois não há mais em mim vontade de lhe falar
Há um rancor uma sensação de agulhas perfurando
A dor do corpo, a vida
Toda essa nostalgia não quereria eu guardar
Mas tu me obrigastes a levar no espírito alguma
Apatia sobre ti, suas defesas
Seus medos são agora minhas vitórias
E ainda vou pisar na suas lágrimas falsas