Ao meu amor
 
 
Olho teus olhos, murmuro
Com tua fala, adoço teu trejeito.
Arfa meu peito, me regro
E me nego, sou teu afeito.
Submissão?
Que nada é só um jeito;
De ser teu amor,
De entender tua cisma,
De estar no teu leito.
Teu anseio é meu desejo.
Tua dor é minha ferida,
Que ainda que aberta, não é temida,
Avesso a dor,
Dou-te meu preço
E minha medida,
Irmã,  minha amiga,
Minha esposa,
Minha querida!
Nossa pequena casa,
Teu pequeno jardim,
Nossa vida assim
Nosso pranto, nosso espanto,
Nossas metas e enfim,
Nosso amor de silêncios e olhares,
Nossa face carmim,
E assim iremos braços dados,
Olhos maduros, corpo enlace.
E tu tão sôfrega e destemida
Será minha vívida face
E eu, teu amor...
Teu guardião...
Sem dor sem disfarce!
 
Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 17/06/2010
Reeditado em 17/06/2010
Código do texto: T2325141
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