Sonata em Sol

Centralizado na moldura

O vulto delgado, pecaminoso,

Inspiração, poesia insinuante

Raiando olhares, orquestrando

Ebulição pela metáfora ardor!

Sobre a mesa,

Chamas bucólicas te traduzem,

Amparam-te em raros elementos

Desvendados no primeiro beijo,

Sorvendo então o lúdico do âmago!

Deslizam os tecidos,

A brisa ecoa teu gemido

Brindando a vida em sonetos singulares,

Escritos ao alcance da lágrima

Bendizendo teu nome em sensualidade!

Pelas casas Vênus,

Senti teu pulsar navegante,

És a corte, meu sistema estelar,

Diagramando cálices, inventando do amor

O balé, a canção dos pífaros em sol!

Auber Fioravante Júnior

16/06/2010

Porto Alegre - RS