Soneto - O copo cheio a taça vazia
Falar-te-ei do escuro do abismo e do amargo do absinto,
Falar-te-ei das fugas d’alma e dos castelos de cristais
Falar-te-ei da angustia e do que sinto
Falar-te-ei da sofreguidão do amor, e deste, os ais
Falar-te-ei dos murmúrios da perda e do rumor nas sombras
Falar-te-ei dos deslumbrados e dos e risíveis
Falar-te-ei dos espasmos do corpo e do veneno nas cobras
Falar-te-ei dos sabujos e dos desprezíveis
Beberei contigo no copo das tuas boas obras,
Comerei contigo do pão das multiplicidades criveis,
Chorarei contigo, pelos que não sonham; deitados nas alfombras,
Hoje eu te amo com o amor que conheço, e deste, traços visíveis
Marcam minha face, e nela, a verdade é sem sombras,
Hoje estou certo. Amanhã, outro tempo, outros sinais!
Falar-te-ei do escuro do abismo e do amargo do absinto,
Falar-te-ei das fugas d’alma e dos castelos de cristais
Falar-te-ei da angustia e do que sinto
Falar-te-ei da sofreguidão do amor, e deste, os ais
Falar-te-ei dos murmúrios da perda e do rumor nas sombras
Falar-te-ei dos deslumbrados e dos e risíveis
Falar-te-ei dos espasmos do corpo e do veneno nas cobras
Falar-te-ei dos sabujos e dos desprezíveis
Beberei contigo no copo das tuas boas obras,
Comerei contigo do pão das multiplicidades criveis,
Chorarei contigo, pelos que não sonham; deitados nas alfombras,
Hoje eu te amo com o amor que conheço, e deste, traços visíveis
Marcam minha face, e nela, a verdade é sem sombras,
Hoje estou certo. Amanhã, outro tempo, outros sinais!