POEMA DE NINAR
Quando as sombras caem
e o fogo me reúne
à volta dos meus afectos,
nascem estrelas tímidas,
que me adormecem perfumes
no colo...
Quando as sombras caem,
os ramos fortes das árvores
amparam o azul pálido
(que o lado do fogo cora),
num alcançar de abraço
maternal...
E toda a luz dos meus olhos
sobe do teu rosto ao céu,
agradecendo o teu sono
tranquilo.
Ergo-me, nas sombras caídas,
e aconchego um tesouro,
como quem deita no berço
um filho...