Por amar-te
E mesmo que os meus olhas não te vejam...
não se percam no infinito dos teus.
E mesmo que minhas mãos não te toquem...
e tão pouco deslizem sobre tua carne.
E mesmo que os meus lábios não encostem aos teus...
que a minha boca não sinta o teu sabor.
E mesmo que a minha pele não sinta a tua pele...
não conheça e não queime junto ao teu calor.
Tenho-te aqui junto a mim, dentro de mim...
mais real e fiel que a minha realidade.
Trago-te guardado em mim, protegido...
como a jóia mais rara que se pode ter.
Sinto-te cada dia mais presente, alcançável...
não somente um mero sonho de um lindo conto.
Quero-te cada dia mais intenso, mais voraz...
e essa inquietude aqui dentro é somente por amar-te.
(Jin Oliveira)
Araci-Ba 16 de junho de 2010