Malú Pires e Walter de Arruda

O  CANTO  DA  VALQUÍRIA

Toda
Em branca cor
Uma  só tristeza
Banhada em lágrimas
Uma imortal saudade
Valquiria  enamorada
De todos os ausentes
Em combate
Caídos  são..
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Cabelos dourados
Contrastam  ausência de cor
Em seu coração despedaçado,
Mas seu rosto e seu olhar resplandecem
Não mais chorar e nem tristezas
Imensas... Levar em semblante
O amado que procura
Entre os eleitos
Não está!
É vivo!

Desperte
Amado meu
Onde estiveres venha
E ao anoitecer, sem cessar te busco...
Cavalgarei entre as nuvens
E, entre os raios da minha aurora
E preciso for, chorarei séculos
E, por ti batalharei...
Responda-me, mesmo que em sussurro...
Escute a voz de tua amada...
Por ti, renego meu próprio nome
Esqueço-me da minha condição imortal...
Por tanto amor,  torno-me humana,
Torno-me mortal...

Vejo-te ao longe,
No correr do calmo rio
Pelo fogo preparado,  envolto
E liberto da mortal batalha,
Do mortal combate...
Eis que vou a te buscar
Comigo cavalgar...  Entre os séculos
E entre os deuses, em glorioso festejar...
No coração o desejo de  te amar eternamente
Esquecendo do nosso futuro certo,
De novamente batalhar
A última batalha, a última peleja,
O último destino
Pelos deuses, traçado, qual eterno contrato
Para eleitos, amantes da guerra forjados
Se tolera amante, nem amor
Apenas da guerra o ardor,
E continuarei a sofrer
De amor...


***

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Malú Pires e Walter de Arruda
Poetas Del Mundo
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Walter de Arruda in memorian e Malú Pires
Enviado por Walter de Arruda in memorian em 15/06/2010
Reeditado em 19/12/2011
Código do texto: T2321674
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