Minha irmã;
Amei-te ao ler
Na simplicidade das tuas mãos
O teu milenar mistério.
Soube do consolo do teu silêncio
Ao deitar no teu colo e sonhar
Embebido pelo teu cheiro
De amor desmedido
E não há outro jeito;
É do silêncio que saímos,
Olhos fechados que vêem...
No Escuro do fazer!
Sonhar algo acordado
No abraço fechado
Amo te minha irmã
Amo teu jeito e trejeitos
Amo tua incúria,
Teu grito de amor enfurecido
Teus feitos
Amo tua frieza e calidez jungidas
Na mesma sofreguidão
Amo te minha irmã
Desde as areias, até as montanhas,
Amo-te no vento e no tremor
Que fazes em movimento,
Açambarcando meu corpo ao seu!