Compasso de versos
E eu deixo sair de mim
O meu primeiro verso...
Dia de nuvens sem fim.
Que abraço meio perplexo
Em forte emoção
Animado com o desafio
Que me foi lançado
Sinto o rastilho do pavio
Fico logo apressado
Até pegar o teu ritmo
Você assim carinhosa...
Estimula e encoraja
Com uma calma deliciosa
Os meus erros não a esbraveja
Surge depois à rima
Que o amor semeou
Na minha, na sua alma
Parece que algo nos tocou.
Será que nascerá o poema?
É tudo tão belo e mágico
Nossos corpos assim colados...
Assopram cabelos esvoaçantes
Tudo parece encaminhado
E diante de moça tão deslumbrante•.
Usando vestido garboso e vermelho
Sou mestre aprendiz elegante...
Todos no salão ficam encantados
Diante desse par radiante
E nós dois bem aprumados
Vestidos em rigor impecável.
Estamos anestesiados!
Eu usando um negro laço
Não deixo teu corpo cansado
Por vezes me embaraço
Ainda não sei o que faço?
Só sei que estou comovido...
Por ter você em meus braços.
E o coração não está arrependido
Porque provou dos teus abraços
Trago no peito o meu sonho
Perdido... Depois reencontrado
Logo então me recomponho
Porque por certo, enamorado!
Nada em ti me deixa enfadonho
Por saber que aceitaste...
O meu pedido para dançar
E isso é que, de fato, importa!
Na terra, na areia, olhando o mar.
Ter você do meu lado me conforta
Abraçado e dançando ao luar.
Hildebrando Menezes