Compasso de versos

E eu deixo sair de mim

O meu primeiro verso...

Dia de nuvens sem fim.

Que abraço meio perplexo

Em forte emoção

Animado com o desafio

Que me foi lançado

Sinto o rastilho do pavio

Fico logo apressado

Até pegar o teu ritmo

Você assim carinhosa...

Estimula e encoraja

Com uma calma deliciosa

Os meus erros não a esbraveja

Surge depois à rima

Que o amor semeou

Na minha, na sua alma

Parece que algo nos tocou.

Será que nascerá o poema?

É tudo tão belo e mágico

Nossos corpos assim colados...

Assopram cabelos esvoaçantes

Tudo parece encaminhado

E diante de moça tão deslumbrante•.

Usando vestido garboso e vermelho

Sou mestre aprendiz elegante...

Todos no salão ficam encantados

Diante desse par radiante

E nós dois bem aprumados

Vestidos em rigor impecável.

Estamos anestesiados!

Eu usando um negro laço

Não deixo teu corpo cansado

Por vezes me embaraço

Ainda não sei o que faço?

Só sei que estou comovido...

Por ter você em meus braços.

E o coração não está arrependido

Porque provou dos teus abraços

Trago no peito o meu sonho

Perdido... Depois reencontrado

Logo então me recomponho

Porque por certo, enamorado!

Nada em ti me deixa enfadonho

Por saber que aceitaste...

O meu pedido para dançar

E isso é que, de fato, importa!

Na terra, na areia, olhando o mar.

Ter você do meu lado me conforta

Abraçado e dançando ao luar.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 14/06/2010
Reeditado em 10/07/2012
Código do texto: T2319209