Desígnios do Amor

Na cânfora,

Águas balsâmicas,

D’onde teu corpo banhei

Despindo-o em canduras,

O hidratando em gentilezas!

Sob a fraca luz

Me doei ao divino oráculo,

Sangrando em cantos gregorianos

Oriundos da fruta mordida,

Do cálice embevecido em ternura!

O visionar do peito latente,

Cria uma estrela, uma escrevente letra

Doutrinando lábios em juramento

Tão belo quanto teu colo

Inventado um balé na sofreguidão!

Nos desígnios do amor,

Adentro pela tua dileta geografia

Pecando em silencio, ouvindo do olhar

A nau a bom bordo do êxtase,

O poema aberto ao coração!

Auber Fioravante Júnior

12/06/2010

Porto Alegre - RS