Veneno imortal
Da sua boca, nasce um sorriso
Que vem acompanhado de frases
Do seu olhar, extrai-se um texto
Seu andar melancolico, demonstra a calma.
Braços, dedos e pernas, muito magros
Magros, como de quem encontrou labirintos infinitos
E ruas sem saída na estrada na vida.
E quando mergulhava nos seus pensamentos
Sentiu-se acolhido pelos braços suaves de uma amada.
O manto do carinho o cobriu
Nas àguas da alegria foi banhado
Com seus braços quentes a amada o aqueceu
Seus corações ardiam em chamas domadoras de sentimentos
O veneno corria nas veias,
O veneno da imortalidade,
Que faria da realidade dos fatos
O sonho mais complexo e eterno
O coração mau da amada,
O transformava em um poeta amador
Um conto, uma história, um mito
A definição daqueles momentos
Era absurdamente indefinível.
Sabe-se dessa cumplicidade,
Que até hoje é permanente.
Seus lábios ainda ardem com as faíscas da paixão
A eterna poesia feita de fél
Nunca perderá sua intensidade fatal
Da sua boca ainda nasce um sorriso
Cheio de frases marcantes
Do seu olhar, extrai-se um texto ainda maior
Seu andar já não é tão melancolico
Pois nos seus conceitos agora,
Existe a cumplicidade da amada imortal.
Gabriela Guimarães