Teus olhos meus.

Pérfido soluço bate-me agora

Por entre paredes surdas,

Ressoa interminável dilema.

Deter-me em mãos tão frias,

Perder-me entre melenas?

Singro por distante seda azul

Onde brilham estas esferas.

Delirante trago o pensar, comigo.

Passo ileso pelo desconhecido

De passadas eras.

Marcado som me chega ao sentido,

As gotas molham a carapaça

Perco-me em distantes olhos

Onde somente neles, acho abrigo.

Rio de Janeiro, 12 fevereiro de 2010.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 11/06/2010
Reeditado em 11/06/2010
Código do texto: T2313537
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