Teus olhos meus.
Pérfido soluço bate-me agora
Por entre paredes surdas,
Ressoa interminável dilema.
Deter-me em mãos tão frias,
Perder-me entre melenas?
Singro por distante seda azul
Onde brilham estas esferas.
Delirante trago o pensar, comigo.
Passo ileso pelo desconhecido
De passadas eras.
Marcado som me chega ao sentido,
As gotas molham a carapaça
Perco-me em distantes olhos
Onde somente neles, acho abrigo.
Rio de Janeiro, 12 fevereiro de 2010.