Lavando as Mãos

Não sei se da próxima vez que nos encontrarmos,

Que nos abraçarmos,

Conseguirei conter o desejo,

Que sempre permeou nosso enredo.

Descobri que algo dessa dimensão,

Não pode estar sujeito a alguma regra da razão.

É forte demais.

Intenso, muito por demais...

Sei que habitamos, mutuamente,

Desavergonhadamente,

As respectivas, sensuais, fantasias...

Quero realizar todas as nossas idealizadas ousadias!

Temos um histórico de sexo acumulado,

Que não pode mais ser camuflado.

É um crime contra a natureza,

Não realizar essa deliciosa certeza.

A timidez tem que sair do nosso caminho.

Espera, anseia por você, esse ninho...

Vou mantê-lo trancado,

Até que ambos estejamos saciados.

Minha alma quer penetrar na sua.

De pensar em você, minha mão sua.

Seu corpo será meu mar...

Meu porto para ancorar.

Extrairei seus mais raros sucos,

Percorrerei seus mais voluptuosos sulcos.

Sem regra, mas com permanência...,

Sem pressa, mas com urgência!

Está fora de cogitação qualquer tipo de clemência.

Não ouse apelar para a consciência.

Vou mergulhar em você com a respiração entrecortada,

Com as veias todas saltadas.

Quero um pânico glandular!

Uma simbiose molecular...

Venha comigo!Vamos emergir

E nos dirimir!

Nota: Apreciem a publicação de hoje de minha amiga/poeta Celêdian Assis - "Musas - Amores Arrebatadores" - Está espetacular!!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 11/06/2010
Código do texto: T2313029