MUSAS – AMORES ARREBATORES
Qual mulher não se perdeu em muitas fantasias,
tal qual conta a história de musas apaixonantes,
reverenciadas naqueles romances de cavalarias,
- Aldonza de Lorenza, a Dulcinéia de Cervantes.
Ser do poeta inconfidente, a estrela, a mais bela,
- Maria Dorothéia, a tão doce Marília de Gonzaga,
amada, nas liras tecidas a punho, tantas por ela,
- legando ao amor e em poesia, a mais rica saga.
Ser desejada musa do romance de José de Alencar,
- a virgem dos lábios de mel, tão amada, por Martin,
cabelos negros tal asas da graúna, que fez arrebatar,
desejos pela Iracema, seus encantos, amor sem fim.
- Ser mulher que por si cem sonetos foram dedicados,
apelam à lua que os consagre, que só amor os acuda,
- de Matilde a Rosário, nome entre amantes trocados,
- dos amores o mais ardente, do grande Pablo Neruda.
Belas! Campesina, dama, pastora, selvagem e urbana,
mulheres, musas nos sonhos dos poetas, fantasiadas,
- elas, Dulcinéia, Marília de Dirceu, Iracema e Rosário,
- por tanto amor e amadas, tornaram-se encantadas.