Escrínio de Amor
Jogo-me aos devaneios
Tendo nome e sobrenome
Marcado em cada verso
Calado e salvo em amiúdes,
Eras de um soneto ao coração!
Desço em metáforas pela solidão
Saldando-te em codinomes místicos,
Com a flor entalho, me encontro,
Na geografia dos Deuses,
Na poesia, meu encanto,
Em sonatas... Ah! Te espero!
Em condões, me apego
Orando,..Te desvendando em prelúdios
Idos à alma clamando o beijo teu
Pleno em ternura, puro em elementos
Conduzindo-me ao êxtase,
Almiscados nas estrelas do teu céu!
És a introspecção,
A bebida consagrada no veio
Brotando em murmúrios venezianos,
Arte e melancolia fluindo,
Desenhando pelo som das clarinetas
Tu em escrínio de luz!
Auber Fioravante Júnior
08/06/2010
Porto Alegre - RS