DO RIO ONDE BEBO
Corre vida em ondas de ninguém
De quem já a tem, lavra a certeza
Cascatas no vazio são também
Muitos sonhos de grande beleza
Lírica é a esperança no destino
Que alimenta nas olaias a ilusão
Que passa na beira do caminho
O rio de mel tornou-se desilusão
Ai rio onde eu bebo o medo
E mergulho no abismo da ironia
Pela verdade sempre cedo
Quis o azul destino tirar essa alegria
Altera-se a voz em socorro
Afoga-se o sorriso nas mágoas
Do rio onde bebo eu morro
Com o amor empalo-me em tábuas
Luiz Castanheiro
09/06/2010