Tu Amor meu

Jogo-me ao infinito, sabedor da melodia

Constante no peito, da brisa tênue

Murmurando entre os versos,

Brotados em teu céu de Afrodite,

Renascendo em teus véus,

No esculpir de todo o ensejo!

Valsando como valsa uma fada,

Levanto velas ao encontro marcado

Pelo crepúsculo idílico em teu olhar

Divagando por acordes lúdicos,

Únicos ao desejo teu, nau em paixão!

Adentrando pelas luzes do mistério,

Doo-me ao prelúdio teu marejando

O mais insano sentir, despindo a’lma,

A carne em efêmeras nuances

Fluindo em juras juramentadas

Pelas mãos em sofreguidão!

Ah! Amor meu!

Venha, me embriague

Em todos os codinomes do amém

Trazendo em cada gota de orvalho

O ardor da oração descrita, aquecida

Nas linhas de uma poesia em torpor!

Auber Fioravante Júnior

01/06/2010

Porto Alegre - RS