Porto sem Solidão

Curvo-me ao belo,

Pelo simples fato de ser... Belo!

Dentre o cair da noite

E o balé da onda do mar

Apanho-me pelas ilusões, incontidas,

Resgatando em todas as fases da lua

O lúdico estereotipado em cada nota,

Soada nas entrelinhas do aço dourado!

No encontro das águas

Entreguei-me pelo rubro beijo,

Navegante dos versos, dos enigmas

Apontados para o âmago, pulsante,

D’ onde tudo é poesia, matéria,

Luz, perfume... Porto sem solidão!

Depois da noite,

Apenas o som das cortinas

Trazendo a madrugada, solene,

Hidratando em orvalhos, o corpo,

A semente agora jasmim, onipresente,

Alma escrevente... Música dos ventos!

Curvo-me ao amor,

Pelo simples, pelo nobre, por ser... Amor!

Auber Fioravante Júnior

29/02/2010

Porto Alegre - RS