Amor na carne
Da fantasia a carne;
Me olha, pensa assim;
Analisa...
Se chega, me pega, morde
E beija. Aí! não cria
Questão... Anda para mim.
Me lambe e me arrepia
Se arrasta em mim, seda
Macia.
Plenificação do gênero, hormônio cancha
Tua narina em minhas curvas;
Força bruta, energia.
Os dedos no meu cabelo
Engancha. Fruto do
Toque, da mais pura
Sensação,
Sentido da existência, linguagem
Do namoro, avança, Tradução,
Querer de mente e pele!
Mandinga
Um único de dois
Corpos que foram... Um e outro
Acorde do sexo; gemido que exora
Em si e por si transam com
As vontades todas... Arcaz
De guardar o amor, na batida
Sentida sem dor agora?
De toda fantasia realidade vestida,
Da pele e da cor, dulce
Laços, traços, braços, calor;
Plis, blue... pernas
Risos de um só sutil pudor.
Rubor que lacrime...
Aí... Trança! Deus imagine!
Meu fim, onde está?
Em teu começo posso
Achar tecido ó canela!
Meu sonho de licor;
Drinque dos céus
Semi-embriaguês, Champagne, morango
Safra melhor. Ó! Afrodite;
Nos rasgamos, páticos
Desejos, força segurar, Vivamos...
Ó! Ó! Ai... Deus... ai!
Desejo, instinto? Carne;
Não só... Não só profano. Oh! Também muito, muito
Sentimento. Tudo aquilo que se pode
Viver em dois corpos e uma só história;
Arco íris de afeto e prisma do ardor;
Também sagrado. Transcendemos, pois acreditamos... Sentimos, sonhamos...
A razão inventa para si a desrazão que vai sentir;
Aí Jesus! Chega dói!... Esse bom doer.
Gemido tão curtido feliz de dor;
Gozo poético que fala em
Murmúrio de ofegação
Solfejo final exclamativo
Para silente dormir.
A natureza inventou o sexo,
Os homens o amor.
Mas, quem inventou
Não precisa explicar;
Nem hetero- doxa-nem orto;
Máxima;
Só sentir bastou!