= Amor na manha raiada =

Acordei-me aos primeiros raios do sol

Fui à janela

Vi as flores salpicadas de orvalho

Senti o perfume da manhã que era raiada

Ouvi o cantar dos pássaros

O cheiro do café invadia a janela.

Ergui meus olhos, agradecendo a Deus pela graça recebida.

Tornei-me parte integrante daquele lindo dia.

Lembrei-me de ti

Que em alguma parte tu estavas.

Sussurrei com carinho o teu nome

Um pássaro, que também estava só

Adivinhando o meu pensar

Em seu galho

Entoou o seu cantar.

Naquele canto, havia um chamado de amor.

Pensei em você...

Quem sabe distante

Quem sabe por perto

Quem sabe a caminho

Quem sabe jamais a veja!

Meu coração inconstante

Entristecia-se e alegrava.

Chorava e sorria.

Apenas uma certeza, o amor existia.

De repente o pássaro se enlouqueceu

Feliz abria as asas

Dançou elegantemente por sobe o fino galho

Arrepiou as penas...

Era chegada da sua amada fêmea.

Voaram, voaram, voaram...

Ate se perderem no infinito do amor nascente

E eu, com ele em minha mente...

Cantei alto...

Cantei forte...

Cantei livre...

Cantei ate o desalento.

Quem sabe numa destas manhas raiadas

Meu canto será ouvido

E a minha hora também será chegada

Dançarei, arrepiarei, tal e qual o pássaro apaixonado.

Daremos as mãos

Em rumaremos para o infinito.

Tonho Tavares

ANTÔNIO TAVARES
Enviado por ANTÔNIO TAVARES em 08/06/2010
Código do texto: T2307188