Diz pra mim
Diz pra mim, em que versos te perdi
em que ruas fostes andar
em meio a esse teu mar de amar
o inevitável suspiro de gozo que
permeias na noite escura
que segue com teu desejo latente
e um tanto ausente
diz pra mim o que tem feito enquanto
comigo não fica e não grita
enquanto não suspiras em delirios de
um amor insano, louco e um tanto profano
diz pra mim, palavras de carinho em
meio a vontade de transar
e de marcar minha carne com tua boca
indecentemente suja de tocar minha carne
mais do que louco
vem diz pra mim
o que te faz andar por ai
sem pensar no que vivemos
e sem querer sequer repetir
a dose de amor que te dei
naquela noite em que nos perdemos
e nos tivemos
em um momento lúdico em que tu disses:
tu és minha mulher.
Rosane Silveira