A LUZ DE VELAS

Prólogo

As quatro chamas flamejam

São bocas que cospem seu calor

Cozinhando assim, nodôo sabor

Neste jantar que se fartam!

A mesa arrumada, toalha amarela

Taças com sua envergadura média

Talheres, guardanapo, uma sincronia

Compostura das cores, branca e amarela.

O vermelho molho cobre o amarelo

O verde se mistura a cada garfada

O vinho de boa safra se é bem degustada

Aquece o frio do corpo recoberto.

Depois de dada tal refeição

Contagiam os olhares de afeição

Um cumprimento, um elogio, nada em vão

São momentos bons, denodos ao coração.

Parte I

O balbuciar de um vizinho

Deixa se equivocado o espírito

Da imundice ouvida, mosto

“vou mudar-me daqui” posto!

O andar me é sorrateiro

O telefone que não se aquieta

Os queixumes que apodera

“não me tem por beato”

Os costumes que às vezes é vão

Flagelam a carne, rasgam o coração

Brincam com meus sentimentos

“morri ontem, esqueça de meus termos”.

Obliteração de minha alma, mesma pachorra

Inquietamente é para o meu ser pensar

Dos tempos tidos, idos, foi, desejar

Pois basta o tempo, ditar morra!

Parte II

Inicia se o filme, de um contexto paranormal

A vida de um casal, onde ser perde o filho

E na penumbra da vida, padece o corpo

Mesmo em pachorra caserna, nada formal!

O abraço seu, envolve o corpo

Sinto me protegido naquele instante

Entre lençóis, o contentamento este

O qual não a como descrever de brio

O filme passou, e os corpos ali juntos

O tecido cobre nos, enquanto beijamos

Beijos sem iguais, únicos

Beijos apaixonados e úmidos!

O tempo voa, como nunca

Uma musica suave, romântica

Velas aos cantos iluminam nosso espaço

“enquanto viajamos sem embaraço”.

Parte III

Ao final da ultima canção, os corpos se rendem

O sorriso se paira no espaço

O toque é mágico

E o beijo é cálido.

A água escoa sobre os corpos

Enquanto o toque das mãos

Percorrem seu corpo nu

“o arrepio do desejo, toma nos”

Outra vez se entregamos

Neste espaço pequeno

Encosta te na parede fria

Enquanto o vaivém se amoldou.

As unhas penetram a carne

O gozo anuncia a chegada

Os olhos denunciam o prazer

E saímos dali, de mãos dadas!

Final

O dia amanhece o sol se envaidece

Luminar maior do dia

Aconchego e suspiro

Doce café da manhã.

Mesa farta, e ali você esta

Com seu roupão

Amor bebemos e desfrutemos

Meu feliz bom dia!

Reponhamos a energia dos corpos

Conversamos e rimos da noite

Projetamos o futuro à sorte

Depois nos abraçamos...

“para amar é fácil, muito fácil

Viver intensamente cada momento

Redescobrir em cada gesto do amado

Uma nova forma de amar, viu como é fácil”

Não amamos sozinhos

Se juntos estamos

São flores do caminho

Que concretizará um dia nosso sonho.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 06/06/2010
Código do texto: T2303501
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