Minha milha

Janeiro, toda vez que o vejo,

Lembro-me da milha,

Que sempre é acrescentada à minha vida.

E feliz é quem ainda pode,

Com os próprios pés andar.

Tem gente que não consegue,

Nem em pé ficar.

Uns desistem de caminhar

Por terem medo de não

Conseguir chegar.

Mas todo janeiro eu vejo

As conseqüências da ventania,

Árvores derrubadas,

Cidade inundada,

Lembro-me da milha

Que na minha vida é acrescentada.

Sei que não posso desistir,

Tenho um sonho,

Um caminho a seguir.

Na milha verde,

Na milha madura,

Na milha escura que sofre os preconceitos

Onde o predicado vira sujeito,

E até quem não se candidatou já é eleito.

Debora Moreno

Debora Moreno Contadora de histórias
Enviado por Debora Moreno Contadora de histórias em 05/06/2010
Código do texto: T2302052
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