Platônica Paixão
Que triste lamento!
Pobre a sina deste coração no meu peito!
Um sorriso, um violão e já nasce uma paixão
sem trocar uma só palavra, platônica paixão!
E se teus olhos; indecifráveis olhos
não podem fitar os meus
Diga-me então o que faço agora, meu Deus?
Se tua mão tocou a minha uma só vez
Se tua pele alva não me pode pertencer
Se tua voz suave, de leves melodias não me pode resplandecer
Se o que tenho é o teu nome atropelado pela vida
que mais posso merecer?
Platônica paixão!
De nada se alimenta, mas devora-me voraz
Só o que posso fazer é olhá-lo, rapaz!
De teu coração sofrido nada posso esperar
Só o que posso e devo fazer é orar
Uma noite, uma fala , uma canção em um púlpito
Nada que faça parar
E se Deus é meu guia
Guia-me, à platônica paixão!