Platônica Paixão

Que triste lamento!

Pobre a sina deste coração no meu peito!

Um sorriso, um violão e já nasce uma paixão

sem trocar uma só palavra, platônica paixão!

E se teus olhos; indecifráveis olhos

não podem fitar os meus

Diga-me então o que faço agora, meu Deus?

Se tua mão tocou a minha uma só vez

Se tua pele alva não me pode pertencer

Se tua voz suave, de leves melodias não me pode resplandecer

Se o que tenho é o teu nome atropelado pela vida

que mais posso merecer?

Platônica paixão!

De nada se alimenta, mas devora-me voraz

Só o que posso fazer é olhá-lo, rapaz!

De teu coração sofrido nada posso esperar

Só o que posso e devo fazer é orar

Uma noite, uma fala , uma canção em um púlpito

Nada que faça parar

E se Deus é meu guia

Guia-me, à platônica paixão!

Alê Fernandes
Enviado por Alê Fernandes em 05/06/2010
Código do texto: T2301992