... Novos caminhos

Se não vale porque tanto espera,

Lança ao caminho sem se virar,

A hora consumida em vão,

Perdurará para sempre,

Marcando o encontro com infrutífera,

Talvez, doce saudade, também vã.

Se não porque tanta ilusão,

O sono acalentado pelo sonho,

Foi dormitar que legado do tempo,

Escoado pelo mesmo calor que rompeu

Elos nunca antes quebrados.

Lança seu passo sereno,

Sob o orvalho que esfria,

Apaga a luz que ilumina,

Acende a chama da razão,

Que vem ao encontro do momento,

Hora de despir a emoção,

Quebrar qualquer causa que a vida,

A hora joga na passarela

Antes, bem antes florida,

Retocada pelo pincel da mão divina,

Rebuscada, tocada pela sabedoria,

Falsa, hipotética que pensei ter.

Cala, cola o rosto que revela

Que anseia, deseja cativar novos,

Pequenos frascos de aromas,

Sabores que possam inebriar

Com a fragrância de felicidade

Que um novo encontro aponta,

E um também novo horizonte.