Também quero minha Estrela
Quero minha estrela!
Não é a estrela do amanhã.
Mas eu bem, quero tê-la.
Não é minha, mãe, avó ou irmã.
Procuro por todos cantos,
Procuro por todos os lados.
Quero um conforto e um recanto.
Minha estrela nos verdes prados.
Minha estrela por onde anda?
Que fazes, o que canta?
Procurei e fiz que manda...
Você não... Não adianta.
Estarás perdida na noite,
Entre, cadentes flagelos e acoites.
Ou estará párea, perdida.
No amanhecer, escondida.
Oh estrela minha!
De sonetos e réquiem,
Que seu brilho tanto tinha.
Estará só. Ou com alguém?
Cercada, todos você tem!
A sua escolha a deriva.
Mas acaba sem ninguém
Choras, enquanto viva.
Onde está estrela libertinosa.
Estrela viva de verso e prosa.
Só é luz entre o anoitecer.
Muitas e sem brilho no amanhecer
Estará relegada, na pequena Londres?
No palácio da medicina, no vale do cimento?
Brilhando o rejuvenescer da fonte?
Ser vista e achada a qualquer momento?
Estrela do crepúsculo da aurora...
Vinde a mim vinde agora!
Entre as festas e os bares.
Voando pelos ares.
Estelar, estrela real...
Recaia nos braços angelical
Desse cavaleiro alado,
Poeta encouraçado.
Derlei Alberto
24 de novembro de 07