= Reconstrução =

De que é feita a tristeza,

Que aperta a alma,

Sangrando como um pano de chão torcido?

As luzes do mundo se apagaram.

Coração agreste.

Infindável é a dor...

Lágrimas no travesseiro.

Os bons sentimentos,

Escafederam-se nas asas do tempo.

E eu, pobre ao relento,

Alma despida, fragilizada.

Embevecida procuro,

Na solidão, o talvez.

O sofrimento convida à reconstrução.

Eu sobrevivente.

Sou gado de invernada

Pastando, pastando,

Sacio a fome,

Fortaleço-me,

Busco à aguada da vida.

Bebo sonhos

Transpiro esperanças.

Meu coração em aberto,

O amor virá! É certo!

Creio na vida após o desalento.

Tonho Tavares

tonhotav@hotmail.com

ANTÔNIO TAVARES
Enviado por ANTÔNIO TAVARES em 03/06/2010
Reeditado em 03/06/2010
Código do texto: T2296794