AMO DESCONTENTE.

Amo descontente.

Não honestamente bem ao amado.

Oro ao vento para que leve ao relento o fim da aurora.

Cessarei a dor, desmontarei a tróia.

O insípido amor que declara mora

Vingarei a mim, fazendo-me sórdido.

De mais nada saberei ser sóbrio.

A prova do intento afã de amar.

Não mais que gretar meu peito,

A fim de deixar ao relento o que hora me anseia.

Agora vivo com o receio de opugnar meu coração pirético,

Que sem ônus se esvazia de solidão

Esperando o solfejo funesto.

Paulo Pauta
Enviado por Paulo Pauta em 02/06/2010
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