Foi aquela maldita noite…
Em que te perdi
E me perdi
Pelo medo imenso de te perder
Na escuridão
Que nem mesmo nas trevas diáfanas
Eu consegui ver…
Mergulhado no amor
Imerso na insanidade
Não soube se te queria por horas
Ou se por uma eternidade…
Imerso em sonhos
Disfarçados de pesadelos
Evitei o que amava
Aproximei de mim
Uma realidade agridoce
Mas que na verdade era amarga…
E fui bipolar
O meu corpo estava a ferver
Mas o frio real era tanto
Que lá fora fazia um frio de gelar…
Enquanto de uma forma inconsciente
Eu jogava a roleta da vida
Que estava viciada
Joguei o que éramos
Porque senti que a tua presença me enfartava
Me enfastiava
E só quando me calhou o número evitado
Notei que já não estavas comigo
E eu senti-me sem nada
Procurando desde então
Alguém
Pela madrugada
Alguém que me dê a droga
Que faça parar o tempo
Ou que horas pareçam uma vida
Sendo que na noite que se segue
Procurarei outra companhia
Que me preencha o teu vazio
Que me encha
As noites vazias…
Que me mate a dor insana
Que a cada hora no escuro me ameaça devorar
Até ao limite da insanidade
Que mais que o teu vazio é aquilo que quero mais na existência evitar…