Cantiga de Amor IV
(A Déia Tuam, que me honra com sua companhia)
Honrastes-me com vosso voto
De confiança e de fé
Pois não digno sou deste voto
Pois prostro-me ao vosso pé
E rogo a vós e ao Senhor
Que olhai por mim
Peço a mia Senhor um único desejo
Tende-me em vossas orações
Que parto sem medo
Em meu corcel aos rufiões
E rogo a vós e ao Senhor
Que olhai por mim
Saberíeis mia Senhor de meu pesar
Quando consagrastes-me cavaleiro?
Pois sem a luz de vosso olhar
Dói-me o peito austero
E rogo a vós e ao Senhor
Que olhai por mim
E mesmo ante ao corte
De lâmina afoita
Maldita é tanta mia sorte
Que dói-me mais a coita
E rogo a vós e ao Senhor
Que olhai por mim