Doença de Amor
Que mais pode escrever um desesperado de sentimento?
Se não uma canção de amor
Contando todo os seus felizes momentos
E a saudade como sua maior dor
O que faz um amor, que tenta a cabeça todas as horas
Que nos esvazia e nos enche de luz
No tempo de um cumprimento, curto como um adeus
Que mais faz o amor se não perder as horas?
Miro a um horizonte, minha lágrima cai parabólica
E nas antenas te amo, e nelas que te digo
Tenho só amor, mais nada a ver com isso
Não menina, não fique me esperando
Talvez eu seja mesmo um medroso
Que fico escrevendo mágoas frívolas
Quando, eu, com asas imensas, mas nada santas
Devo te roubar de onde estiver, te incitar um beijo na boca?
Mas, o que conta pra mim senão te amar entre as flores?
Que amemo-nos mais nos braços incorretos das avenidas
E nos abramos em abraços escancarados às sacadas
Oh, amor que me voa, vamos expor o amor às estrelas
Como se não tivéssemos nada a perder
Pois, que mais que a verdade é amar
Não nos cansarmos a fazer coisas que não gostamos!
Temos que libertar-nos de nós mesmos, e precisas de mim
Mas como eu poeta de longos quatro versos
Posso ser chamado de tal? Pois quando, o tempo é curto, é sim
Pois amor, faço da tua vida poesia
Estou em ti viciado, e quero que de mim te entorpeças
Não, quero que amor demais lhe faça mal
Garanto noites mais graciosas, grandes, loucas
E ontem foi curto demais
Pois quereremo-nos sempre mais!
Fui riscado com teu giz que me untou a testa suada
E eu com a boca aberta diante da tua alma cansada
Amanhã eu ainda te quererei, apóie minha loucura
Pois, és responsável por minha paixão, estou doente,
Mas, pra mim é mais que gostosa a condição
Pois de amor te contamino o corpo e o espírito
E se me deixares de qualquer forma eu não perdoarei!
A mim mesmo! Que pensarei: Errei.