SONETO - DO SORTILÉGIO DO AMOR E DE OUTRAS PROVIDÊNCIAS
Ausculto meu coração, e nele há vazão, se pensas: sentimento!
Contradigo teu pensar, é vazão do sangue que transporta,
Pela carótida e pela aorta as noticias do lenimento
Que no inspirar do ar, transpus pela porta,
Nas vísceras, não há argumento, raciocínio ou nota;
Se há memória, é licito que eu diga: No regimento
Da vida a natureza tem seus meios; e na exorta
Dos homens a dignidade que se lhe impõe a guisa de proveito
Crê-se que no coração esta o sortilégio do amor e a cota
Do desamor, afirmo sem temor, no coração não há pleito
De dores fúlgidas, ou dores tímidas. Derrota?
Quiçá tenha eu perdido, algum sentimento
E este amargor metafórico, te sirva de anedota
E tu me julgues pela capa, e ao termino diga sem proveito!
Ausculto meu coração, e nele há vazão, se pensas: sentimento!
Contradigo teu pensar, é vazão do sangue que transporta,
Pela carótida e pela aorta as noticias do lenimento
Que no inspirar do ar, transpus pela porta,
Nas vísceras, não há argumento, raciocínio ou nota;
Se há memória, é licito que eu diga: No regimento
Da vida a natureza tem seus meios; e na exorta
Dos homens a dignidade que se lhe impõe a guisa de proveito
Crê-se que no coração esta o sortilégio do amor e a cota
Do desamor, afirmo sem temor, no coração não há pleito
De dores fúlgidas, ou dores tímidas. Derrota?
Quiçá tenha eu perdido, algum sentimento
E este amargor metafórico, te sirva de anedota
E tu me julgues pela capa, e ao termino diga sem proveito!