GRAVURAS NA NOITE








Gravuras e voz

na noite tateada

e um singular ritmo na tela adjacente

serpente se esmaga no muro

e cada gota é sangue do poema

intensos

tão intensos traços

que revestem a noite orvalhada


silêncio

corpo aprisionado que derrama o azul

o azul da gravata


vertigem

afagos e risos na noite


e o rosto é água

na noite, noite trafegada.









ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 31/05/2010
Código do texto: T2290421
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