NU..."POÉTICO"
Que graça tem
um amor fecundo,
tão algoz, vinculado ao mundo?
Que graça tem
um amor ingrato,
que nos faz gato-e-sapato?
Que graça tem
um amor diferente,
que nos faz sorrir e queda-se ausente?
A graça está no amor aberto,
discreto,
que é líquido-e-certo,
mas também deserto,
tão longe, tão perto,
torto,
ou reto,
sério
ou deletério,
amor, não-amor,
crente ou cético,
nu...”poético”.
Nota do autor:
“Que amor será esse, nu...”poético”?