POR QUE NÃO?
POR QUE NÃO?
Por que não vestir-me
Com a tua fantasia,
Se também de heresia se veste a minha?
Por que não deixar
Nossos sonhos voarem paralelos
Se do mesmo castelo vão decolar?
Por que hei de fechar-me
No meu “eu” mais remoto
Se com apenas o teu voto eu serei rainha?
Por que hão de condenar-me
Por amá-lo tanto,
E ao invés de um sorriso, preferem meu pranto...
E não deixam que eu prove do teu mel
Que eu me banhe nas águas do teu rio,
Que eu me aqueça no calor do teu corpo quando sentir frio?
Por que não um amor tardio?
Por que não?